O DIREITO GREGO
ANTIGO
A GRECIA É DIVIDA, Fundamentalmente, em 04 períodos:
1- Período arcaico: dos séculos
VIII ao VI a.C, quando iniciam as guerras pérsicas;
2- Período clássico: dos séculos
V ao IV a.C;
3- Período Helenístico: desde
Alexandre Magno até a conquista Romana do Mediterrâneo oriental;
4- Período Romano: fixado a
partir da derrota de António e Cleópatra por Augusto.
Para o estudo do Direito Grego antigo, interessamo-nos
do estudo do surgimento das polis, na qual se pode destacar Antenas. A
democracia ateniense deu estrutura para o Direito atingir perfeitos níveis
quanto a legislação e ao processo, toma-se como referência do Direito Grego
Antigo o Direito que vigorou na Cidade de Atenas.
No decorrer da época arcaica houve um período de
grandes transforma de grandes transformações na Grécia Antiga com destaque para
a colonização, que estimulou o comércio e a indústria, devido o inicio de troca
de mercadorias com outros povos.
AS PRIMEIRAS IDÉIAS JURIDICAS DOS GREGOS
Houve dois importantes legisladores: Dracon que deu
inicio à introdução do código penal e Sólon que além de criar leis, estruturou
uma forma institucional, económica e social.
A ESCRITA GREGA
O desenvolvimento da escrita na Grécia antiga pode ser
vista como uma tecnologia por ser uma novidade na sociedade.
Estágios do desenvolvimento do Direito Grego Antigo:
1- Sociedade pré-legal: não
existência de critérios estabelecidos em caso de disputas;
2- Sociedade proto-legal:
existência de procedimentos determinados em disputa mas sem distinção das
Regras;
3- Sociedade Legal: um estágio
mais evoluído, na qual há intervenção na conduta dos membros com punições, por
tanto requer uma forma escrita mais desenvolvida.
A escrita para o Direito é de extrema
importância, pois por meio dela, haverá exercício da divulgação de leis pelos
meios tecnológicos disponibilizados.
FONTES DO DIREITO GREGO ANTIGO
Desde o ano 1.200 a 900 a.C a Grécia atravessou um
período denominado “período das trevas” e no começo do ano 900 a Grécia ainda
não tinha leis oficiais. Os conflitos como o “Homicídio” eram resolvidos pelos
próprios membros das famílias das vitimas, só no meio do século VII a.C eles
criaram as primeiras leis codificadas.
As fontes de leis escritas são divididas em:
1- Fontes literárias e;
2- Fontes epigráficas.
As fontes epigráficas são documentos
publicadas de maneira pública e permanente (escritos em pedra, bronze,
madeira);
As fontes literárias compreendem os
discursos de oradores áticos (perfeitos, que sóbrios, concisos) tais como Antífonas,(refrão) Lísias, Isaeus, Isócrates,
Demóstenes, Esquino, Licurgo, Hipérides, Dinarco, entre outros; Monografias
constitucionais;
3. Filósofos do Direito;
4. Antiga e Nova Comédia.
DIVISÃO DAS LEIS GREGAS ANTIGAS
1. CRIMES E TORT;
2. FAMÍLIA;
3. PÚBLICA;
4. PROCESSUAL
No direito grego antigo havia a importante distinção
entre lei substantiva e lei processual. A primeira é o fim que a administração
da justiça busca, e a processual são os meios para se chegar a esse fim.
O Direito Grego antigo dava muita importância a parte
processual por isso era a mais desenvolvida e se dividia na arbitragem de
privada e arbitragem pública.
A arbitragem privada era o mais simples de resolver um
litígio era realizada fora do tribunal, os interessados ou as partes escolhiam
livremente os árbitros que julgariam visando obter um acordo ou uma conciliação
entre as partes.
Já a arbitragem pública contava com um árbitro
escolhido pela magistratura, e a principal meta era emitir um julgamento, sendo
que a decisão, neste caso, não era acordada, e sim imposta.
Os gregos não estabeleciam a diferenciação entre
Direito Público e Privado, Civil e Penal, mas no direito processual existia uma
diferenciação quanto à forma de se mover uma acção: sendo pública e acção
privada. A pública tratava de conflitos com o Estado, sendo que qualquer cidadão
tinha legitimidade de iniciá-la, e a privada só em conflitos judiciários e
reservada aos evolvidos na acção.
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